A estimulação da memória também pode ser realizada através da memória remota, que geralmente é mantida até mais tarde na maioria dos pacientes. As pessoas idosas podem ser incentivados a falar sobre os seus eventos de vida e podem ser ajudados por fotografias, músicas, vídeos, livros, jornais e utensílios domésticos ou outros estímulos que possam ser eficazes. As evidências mostram que as atividades desenvolvidas a partir de um objeto que aciona a memória remota em pessoas idosas fazem com que “a conversa possa ser estimulada, o interesse possa ser despertado e os períodos de atenção aumentados”. Dito isto, a atividade que sugerimos é a seguinte:
Source: https://www.pexels.com
Construção de uma caixa de memórias:
O cuidador deve reunir previamente um conjunto de objetos que faziam parte da vida da pessoa idosa (fotografias, receitas, objetos pessoais, cartas, desenhos dos netos, etc.). Depois, explique à pessoa idosas que irão construir uma caixa de lembranças, com as lembranças que a pessoa idosa deseja colocar dentro. O cuidador pergunta quais os objetos que a pessoa idosa deseja colocar na sua caixa e, como os objetos são apresentado à pessoa idosa, deve-se dar tempo e espaço para que a pessoa olhe e aprecie cada um. O cuidador, de maneira delicada, pode fazer perguntas como: “O que é esse objeto?”; “O quê que ele o faz lembrar?”; “Como é que se sente quando olha para ele?” Deixe a pessoa idosa definir o ritmo com que a seleção dos objetos é feita. Depois de escolher os objetos para fazerem parte da caixa de memórias, se possível, o cuidador e a pessoa idosas poderão decorar a caixa de memórias. Se for do interesse da pessoa idosa, juntos, cuidador e pessoa idosa podem decorar a caixa utilizando diferentes materiais e texturas, dependendo da preferência da pessoa idosa. No final, deverão manter a caixa num local escolhido pelo idoso e que ele possa utilizar, sempre que precisar.
Nota: Esta atividade é duradoura, não precisa de ser executada de uma só vez. Isso pode ser feito em partes, respeitando sempre a vontade e a motivação da pessoa idosa para fazê-lo.