Cuidar de alguém com uma doença ou disfunção pode gerar algumas emoções complicadas. Pode ter dias fantásticos e sentir uma profunda sensação de realização e conexão. Poderá ter dias difíceis, preenchidos de culpa, sofrimento, ou raiva. Poderá ainda ter sentimentos conflituosos, como amor e ressentimento ao mesmo tempo.
Não há duas experiências de cuidador iguais. O que é suficiente para uma pessoa pode não o ser para outra. É importante saber que não há uma fórmula para o que sentir e quando, e que não há sentimentos que “deva ter” ou que “não deva ter”. As emoções simplesmente fazem-se sentir independentemente de as querermos ou não.
É útil conhecer que tipo de sentimentos podem surgir, como os reconhecer e o que pode fazer para lidar com os mesmos. Descubra mais nas próximas páginas!
Desde não ser valorizado a se sentir preso, o stress causado pelo cuidar pode desencadear a sua raiva: pode perder a paciência ou dizer coisas que normalmente não diria.
O que pode fazer: Se acontecer, faça um esforço para se perdoar a si próprio e passo à frente se for necessário, ou respire fundo algumas vez para conseguir centrar-se novamente.
A sua lista de preocupações deve ser longa…“E se eu não estou por perto quando alguma coisa correr mal? E se eu cometer algum erro?” A ansiedade surge quando sentimos que perdemos o controlo. É também um aviso para prestar atenção e atender às nossas próprias necessidades.
O que pode fazer: evite focar-se tanto no “e se?”. Canalize a sua atenção para coisas que consegue controlar, como exemplo, traçar um plano de segurança para quando não puder estar por perto.
As pessoas geralmente associam o sofrimento à morte de alguém, mas tem realmente a ver com perda. Quando um ente querido fica doente, a doença muda a pessoa que conhecia tão bem, o que também afeta a relação entre ambos. Isto é uma perda!
O que pode fazer: pode precisar de extravasar. Às vezes, pode apenas precisar de chorar. E está tudo bem; é apenas uma forma do seu corpo libertar a tensão.
Esta é uma emoção muito frequente dos cuidadores: sentimento de que não está a fazer o suficiente, de que poderia ser melhor, e que só quer que aquilo tudo acabe. É como um pântano em que se pode afundar, que não ajuda nem os cuidadores nem os que são cuidados.
O que pode fazer: não seja duro consigo próprio. Se sente que não está a fazer o suficiente, imagine se não estivesse presente. Veja a diferença que a sua presença faz todos os dias .
Todos os dias confrontamo-nos com perda e mudança. A tristeza surge com frequência. Contudo, se ela persiste e se acha que pode estar deprimida, procure ajuda de imediato.
O que pode fazer: pode começar por consultar o seu médico ou falar com um terapeuta. Para além disso, o exercício físico e as atividades sociais são maneiras excelentes de lidar com a tristeza e a depressão. Apesar de não ser a cura para o problema, ajudam-no a libertar o stress, dão-lhe energia, boa disposição e uma conexão social, no caso de trabalhar com outras pessoas.
Encarar o cuidar com enfoque nos aspetos mais vantajosos ajuda a evitar a exaustão e a depressão. Poderá, por exemplo, sentir-se: