Impacto nas famílias
Impacto nas famílias
Relatos de familiares que vivem com uma pessoa com PSPT indicam que aquilo que consideram mais difícil é:
- O sentimento de um vazio emocional
- A sensação de viverem com um estranho
- A falta de reação emocional
- A falta do seu envolvimento nas atividades familiares
A consequência da ausência emocional é uma perda funcional grave de um familiares.
Os familiares por vezes sentem a necessidade de preencher esse “vazio emocional” com os seus próprios sentimentos de culpa e tornam-se excessivamente funcionais, enquanto o familiar afetado assume um papel passivo. O sentimento de culpa, simultaneamente, é algo que também assombra o indivíduo traumatizado. As pessoas que sofrem de PSPT frequentemente vivem o presente como uma interminável fonte de obrigações e expectativas para as quais não se sentem à altura e, assim, têm um forte sentimento de culpa por considerarem que não deram o suficiente de si mesmos à família. Veem-se a si mesmos como um fardo para os outros e sentem como se estivessem a magoar os seus familiares e pessoas importantes com o seu comportamento. Ao mesmo tempo, a culpa impede-os de deixar a família, pois não querem magoá-los e/ou desapontá-los novamente.
Infelizmente, os sintomas de PSPT podem originar a perda do emprego, abuso de substâncias e outros problemas que afetam toda a família.
Outros problemas importantes relacionados com a PSPT que afetam muito a família são as explosões de fúria e comportamentos destrutivos violentos, que podem até tornar-se em violência física. A raiva também pode ser uma forma de encobrir sentimentos como tristeza, desamparo ou culpa, pois a raiva pode fazer com que o familiar com PSPT se sinta poderoso em vez de fraco e vulnerável.
Devido à sua doença, as pessoas que sofrem de PSPT têm dificuldades em controlar as suas emoções e impulsos e sofrem frequentemente de privação do sono. Tudo isto faz com que tenham uma reação exagerada a stressores diários como irritabilidade extrema, instabilidade do humor ou explosões de raiva
Pessoas que sofrem de PSPT poderão tentar com todas as forças reprimir os seus sentimentos de revolta, mas habitualmente explodem quando menos espera. A volatilidade das suas explosões faz com que os seus familiares se sintam receosos, magoados e revoltados, desenvolvendo-se uma atmosfera familiar de tensão, ansiedade e hipervigilância.
Os sentimentos não são manifestados e todos sentem que estão a ser demasiado cautelosos. Tal atmosfera, por sua vez, pode levar a depressão, queixas somáticas e comportamento destrutivo na família.